quarta-feira, 13 de julho de 2011

GARRAFA: UMA IMPORTANTE ALIADA

Além de ser o recipiente que melhor se adaptou ao vinho e que facilita seu transporte, as garrafas também podem nos dar dicas sobre o que encontraremos ao abri-la, se mostrando assim uma grande aliada.

Na hora de escolher um vinho, a imagem e “porte” da garrafa nos fornece indicativos a respeito do líquido que ali se encontra. Repare na existência de garrafas que parecem se destacar nas prateleiras em meio as demais. Elas são maiores, mais robustas e pesadas, outras mais “gordinhas”, no entanto,  ao checar seu volume constata-se ser o mesmo, exemplo, 750ml. Isso acontece porque os produtores traduzem para este invólucro, características existentes em seus vinhos.

A garrafa tem sido o recipiente ideal para o armazenamento de vinhos desde séculos atrás e, é por sua causa que estes podem viajar por longas distancias e ainda se manterem íntegros. Ela também é fundamental no processo de envelhecimento, posto que os considerados  “vinhos guarda¹” se beneficiando de um “descanso”, uma vez que num primeiro momento se mostram duros, difíceis e sem qualquer expressividade e, depois de alguns anos (cada vinho precisa de um período diferente) envelhecendo,  desabrocham todo seu potencial.

O Champagne é um exemplo clássico do papel fundamental da garrafa na produção, pois neste caso, é dentro dela que acontece a segunda fermentação e toda a classe e elegância de um dos vinhos mais célebres do mundo se desenvolve.

MODELOS CLASSICOS UTILIZADOS

As garrafas são compostas de quatro partes distintas: base, bojo/corpo, pescoço e gargalo (muitas possuem também ombros).

Existem vários modelos e cada um desempenha uma função diferente , portanto, são indicadas para tipos de vinhos distintos:

- Bordalesa (França) = de corpo reto e ombros são as mais comuns e utilizadas para a maioria dos tintos e alguns brancos;

- Borgonhesa (França) = com bojo/corpo mais arredondado e sem ombros, indicada para tintos mais delicados (Pinot Noir) e brancos;

- Renana (Alemanha) = sem ombros, mais delgada e alta que a borgonhesa, para brancos;

- Champagne (França) = alta e robusta, para vinhos espumantes.

Note que falamos de formatos e não de tamanhos. Nesse quesito a diferença principal é a capacidade, veja:

PARA VINHOS TRANQUILOS – Garrafa comum: 750ml  /  Meia-garrafa: 375ml  /  Miniatura: 175ml  /  Magnum: 1,5l.

PARA CHAMPAGNE E ALGUNS TINTOS - Jeroboam: 3l  /  Rehoboam: 4,5l  /  Methuselah ou Imperial: 6l  /  Salmanazar: 9l  /  Balthazar: 12l  /  Nebuchadnezzar: 20l

Claro que é possível encontrar milhares de outros formatos disponíveis no mercado, afinal, o produtor pode desenvolver um design exclusivo para o seu vinho, e seja lá como for, vale lembrar que a preocupação e empenho em “vestir uma roupa” bonita denota a preocupação com a boa imagem, sendo um item a se considerar no momento da escolha.

¹ São vinhos de muita estrutura e longevidade que ganham com o passar do tempo se tornando melhores quando mais maduros (mais velhos).

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